25.6.09

Quando???

Quando sozinho
Corre para o passado

Quando aprisionado
Respira futuro

Quando cheio de saudade
Quer respirar novidade

Quando confuso
Repete o ciclo

Quando recomeça
Não sabe mais a partida

Quando fecha os olhos
Nostalgia do passado

Quando feliz, cotidiano e presente
É a surpresa do novo futuro

Quando?????

18.6.09

Yesterday...

"Por favor, não vá ainda, me espera anoitecer...." Zélia Duncan

Personagem que achava que a poesia era ele. Eram eles dois. Juntos.
Na cadência da paixão, da loucura, da inconsequência de segundos que pareciam versos.

Ele achava que o céu era mais azul, que as palavras eram mais doces.
Que a água tinha sabor e que a vida era só sede....

Ele achava que a vida era uma rima com seu outro eu, calado, quieto, quase recluso.
Ele achava que a vida era literatura. Que o sonho era possível.

Ele achava que, como um milagre, o amor faria o mar de distância virar deserto.

Só que os versos continuam sem ele. Sem amor. Sem paixão. Só história.
Só que ele continua em outras rimas, outros climas, outras dores.

Os caminhos, esses sim, divididos..... Mas não se vá.... fica aqui, agarrado, nessa memória tão viva, tão perfeita. Valor. Passado. Amor. Presente.

" Baby, honey Baby.... Oh, sim, eu estou tão cansado
Mas não pra dizer
Que eu tô indo embora
Talvez eu volte
Um dia eu volto
Mas eu quero esquecê-la, eu preciso
Oh, minha grande
Ah, minha pequena
Oh, minha grande obsessão"

13.6.09

Just the way you are...

Em qualquer fresta, o sol invade.
E, de repente, é como um céu

Todo um borrão, inusitado, inesperado...

É o telefone que toca .
É a mensagem que brilha.
É o contexto que lembra...

O coração palpita no ritmo de raios de luz...

É a voz que ecoa, como reflexos de espontâneos sorrisos...
É a música de vida a cada instante...

Que traz o máximo no segundo não previsto....
Não preservado, não preterido...
Somente vivido...

"I need to know that you will always be
The same old someone that I knew
What will it take till you believe in me
The way that I believe in you"

Just the way you are, Billy Joel/Diana Krall

9.6.09

Amor platônico...

Como um delicioso aperitivo, o outro "desconhecido" aparece.
Ao ouvir a pergunta, reconhece a voz... os olhos, fugidios, correm o outro corpo de baixo para cima.

Responde, desconcertada, como criança fazendo arte.

E levanta. Tenta disfarçar. Vira as costas. Tenta se refazer.

Ela se despede e o outro sorri. Inocentemente. Ignora o leve rubor na face dela.

Volta ao computador. Ela é só sorrisos inertes.

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Passado o momentâneo delírio apaixonado pueril, volta à realidade: pagar as contas.

Vai "pulando" e cantarolando pelos corredores. Abre a porta do hall. Corre para a porta do elevador aberta.

Alguém vem vindo, segura o elevador. Quando olha de novo, o outro "desconhecido" está junto.

Enterra o sorriso no olhar, cabisbaixa. Ouve a conversa e quer sumir do elevador. Oito andares em rumo ao desespero.

Porta. E finalmente abre... Caminha.... Pagar a conta, pagar a conta, pagar a conta....

E, por favor, pensou ela, "não olhe para trás".....

Ah, esses sorrisos....

3.6.09

Não, não vou me perder

Não, não vou te perder.
Não vou me trair.
Não vou te ligar.
E não vou mentir.

Não fico e não quero ver.
Nesse seus lindos lábios , fica a noite, o sonho.

No toque do telefone. A realidade. O replay sem saudade.

Não, não vou te seguir.
Não vou te pedir. Não vou te levar.
Ao insistir, eu olho, eu vou...

Só um adeus pode gravar.

Seus lindos lábios na memória.
Seu gosto no desejo.
Sua promessa no ontem.

Não, não vou me perder.
Não vou te trair.
Não vou me ligar a você.
E vou partir.