3.12.10

Todas as cenas que eu queria viver...todas as palavras que não são ditas....

Vocé é como uma cena de um flme. E eu ensaio todos os diálogos... Eu me sinto parada no tempo, na similaridade com o passado; porém, congelada.

Não sou a menina irresponsável e não carrego a inconsequência dos vinte e poucos anos. Em raras exceções, hoje, peso o depois de algumas atitutes e fico com minha característica espontaneidade entalada na garganta... Você é minha exceção de controle. De não "que se dane"... E, confesso, isso não tem terminado bem...

Quero ser indiferente como você. Inconstante, já sou.... Quero não me importar. Quero não virar o rosto ao ouvir sua voz ou seguir o contorno de seu corpo, à espreita... Quero não prestar atenção a qualquer resquício de sua existência. Não ficar feliz ao ouvir o som da sua risada, nem me abalar com minha transparência, não literalmente e literalmente, mediante sua presença dúbia.

Como uma sombra que não acompanha. Como um eco diferente, sem sentido. Naquela eterna ausência infinita...

Não que eu não queira, só não posso estar assim perto de você dessa forma... o não dito, eu bem sei,queima....