16.11.15

Ora, pois pois...

Não, eu não sei não.
Não sei quando foi a última vez que você veio.
Vem me visitar.
Bate lá em casa.
Está sempre cheio, mas você faz falta.
Traz aquele saco de risadas.
A gente costura a alma aos pouquinhos.
Vamos ver fotos juntos.
Uivar para lua.
Beber e oferecer alegria para esse bando de almas...
Não tenha pressa, não fique tão pouco, não vá tão rápido.
Vontade de um encontro na esquina. Mesmo sem cigarro.
Não tem tequila na geladeira, contudo, a gente pede cerveja.
Cada capítulo, é uma nova história de sabores.
Aos poucos, seu caminho de volta está ficando eterno.
Este ir e vir é meu louco. Eu, sem você, não.... vivo, vivo, vivo.
Estou parada demais; precisamos viajar.
Não, eu não sei não.
Não sei quando foi a última vez que você veio.
Já está na hora de voltar. E, você sabe, nem sou de horas, ora, pois pois...

10.11.15

Só as crianças são felizes...

Tanto tempo sem escrever.
Corpo regurgita.

E o que resta de alma?
Como se faltassem vidas.

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Distraído. Ladeira acima.
Contas. Jobs. Cursos.
Mais as eternas promessas.
Paz? Só em si mesmo.
Mundo "cão" (que injustiça, por assim dizer...).

Bate o relógio.
Apressa o passo (eterno erro, metafórico, ou não).
É o prazo.
O documento para entregar.
Entrevista a fazer.
Conta para pagar.
E que saudade daquela roda gigante...
Mas, aqui, tem sempre o mar. De amigos,também.

Respiração ofegante que assusta.
Sente o frenesi.
Atração imediata, vira o rosto.
Ainda nem avistou os dentes, brancos, brilhantes...
Chegou antes a cativante risada.
Expressões lindas, carregadas de vida.
"E que ladeira, hein?!"
Dentes. Brancos. Muito brancos. Brilhantes.
E aquela gargalhada.

Eu diria que...só as crianças são felizes...
O segredo é descobrir que não tem idade para isso...
Personagem que vai. Volta.
Suspeita do vulto. Mas ainda está ali, parado.
Uns 70 anos infantes.