4.11.04

A mão no cabelo...

A mão no cabelo. Tirar do rosto e abrir caminhos... Um suspiro de renovação. Coceira e inquietamento. Como um relógio pulsando para viver, batendo sinal. É hora. Agora.

Meu personagem é livre. Vai e vem. Na verdade, procura caminhos. Reflete sonhos. Refrata incertezas. Não sabe bem o que quer e, por isso, pode ser qualquer um de nós. Passa os dias tentando acertar. Sequer consegue escolher... Vai arrastado até explodir em algo que se possa reconhecer...

Sim. Ele terá olhos azuis. Este é o meu sonho no momento e não há como fugir do sonho. Não comigo. Não com ele. Já estou me confundindo...

Ele terá os olhos do desejo. A paciência da observação. O riso silencioso como companhia. Será estrada. Será promessa. Não vai cobrar, nem vai aceitar cobrança. Será livre. Será belo. Será único. E vai atrás dos sonhos sem olhar o instante anterior.

Meu personagem seguirá iluminando certezas dentre poças e mais poças de acomodação. Mesmo quando não existir, trará uma memória viva, sedutora, o convite para estrada do construir. Ou destruir atalhos sem objetivos...

2 comentários:

Anônimo disse...

Olhos azuis?... Conta essa estória direito :-))))
Adorei o ritmo do texto. Dá vontade de seguir...
Bjos. Michelle.

Anônimo disse...

olhos azuiz, né... o meu também... hihihi!
você escreve muito bem, menina! o texto envolve...
beijos, Jane