21.12.05

Morrer...

"(...)Não vive aqui, Viver aqui, o que se chama viver, não vivo, Não entendo nada, falar consigo é o mesmo que ter caído num labirinto sem portas, Ora aí está uma excelente definição da vida, Você não é a vida, Sou muito menos complicada que ela, Alguém escreveu que cada um de nós é por enquanto a vida, Sim, por enquanto, só por enquanto, Quem dera que esta confusão ficasse esclarecida depois de amanhã....estou cansado de mistérios, Isso a que chama mistérios é muitas vezes uma protecção, há os que levam armaduras, há os que levam mistérios(...)"

"E como as esperanças têm esse fado que cumprir, nascer umas das outras, por isso é que, apesar de tantas decepções, ainda não se acabaram no mundo, poderia ser que ela o aguardasse à entrada do prédio com um sorriso nos lábios e a carta na mão(...)"

As Intermitências da morte, morte assim minúscula quase até o final deste maravilhoso livro do José Saramago....

Um comentário:

Laura_Diz disse...

Gostei do trecho querida, lindo.
sabe que não consigo ler tudo dele? quem sabe um dia... bj laura