6.4.05

Maior Abandonado

Liberdade. Liberdade. Essa o personagem não tem. Quer se prender a alguém, mas não pode. Não tem a liberdade de escolha. Está ali, mas não é visto. Irremediavelmente preso aos encantos de alguém. Desejando o acalanto dos beijos, o 'mantra' da voz e o quadro do sorriso... Tudo na memória como marca de felicidade única. Momentânea. Fugaz.

Liberdade, liberdade. Essa o personagem não tem. De dormir abraçado. De acordar O ALGUÉM no meio da noite, explorando um corpo. Infinito mais toques e beijos.

Que plenitude pode alcançar longe do "amor-ideal-real"? Aquele, com flores e problemas. Seria infantilidade (Who knows?)?

Liberdade? Onde? Se o amor é proibido, se o sentimento é tolhido até nos sonhos. Para quê? O poder da escolha é a maior liberdade; esse, o personagem não possui.

Um personagem que concedeu liberdades, outrora tão “conquistadas”. Um personagem livre de “pré-conceitos”; ao lado de alguém, livre, ousado, franco. E cá está este personagem, preso a um silêncio, da não escolha, do não compromisso. Nem respiraram desejo. Nem desejaram tentar.

Liberdade? Essa, o personagem não tem. A liberdade de viver junto. Qualquer outra pode ser compartilhada; a liberdade de sobreviver separado, a liberdade de promover a interseção do infinito. Mas, aquela? Aquela se dissipa, culpada, ao menor sinal de pensamento.

Um comentário:

Anônimo disse...

"Voce 'e algo assim..."

Beijos