Como um delicioso aperitivo, o outro "desconhecido" aparece.
Ao ouvir a pergunta, reconhece a voz... os olhos, fugidios, correm o outro corpo de baixo para cima.
Responde, desconcertada, como criança fazendo arte.
E levanta. Tenta disfarçar. Vira as costas. Tenta se refazer.
Ela se despede e o outro sorri. Inocentemente. Ignora o leve rubor na face dela.
Volta ao computador. Ela é só sorrisos inertes.
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Passado o momentâneo delírio apaixonado pueril, volta à realidade: pagar as contas.
Vai "pulando" e cantarolando pelos corredores. Abre a porta do hall. Corre para a porta do elevador aberta.
Alguém vem vindo, segura o elevador. Quando olha de novo, o outro "desconhecido" está junto.
Enterra o sorriso no olhar, cabisbaixa. Ouve a conversa e quer sumir do elevador. Oito andares em rumo ao desespero.
Porta. E finalmente abre... Caminha.... Pagar a conta, pagar a conta, pagar a conta....
E, por favor, pensou ela, "não olhe para trás".....
Ah, esses sorrisos....
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