Curiosos, esses
espaços vazios
sem móveis
restam memórias
Entre o hoje
e o ontem
a identidade do lar
vai se perdendo
No apartamento
novo olhar de BSB
um recomeço
Na residência
esplêndidas lembranças
um regozijo
E a visita de Gabis
com os mil perdões
amor que não vingou
A chapada do casal amigo
parada do sete de setembro
entre peças e sorrisos
Vestida de bicho-Brasília
com feliz irmã
pseudo-estilista
aguaceiro do novo
Um "estranho", nu
deitado no sofá
com controle remoto
dia de terceiras intenções
O abrigo para visto
a conversa pós-nite
albergue de oportunidades
Nessa cama, nesse sofá
braços e pernas
até demais
E as varandas
do strip-tease voyeur
à gargalhada vizinha
até dormir de conchinha...
Apartamento de terceiras intenções
virou quarteto, soneto
música sexual
até samba, carnaval...
Na janela da alma
sobram fotografias
dias de sol, nublados
felizes ou sonolentos
A lua como testemunha
sempre linda
até nesse eclipse
raro; de renascer
Coisas estranhas
lata de lixo na porta
reclamações do vizinho
Teve de tudo
agora, parede vazias
recheadas de quieto passado
Feliz...
Um comentário:
Que graça!
Tem até a gente aí.
Quero conhecer agora o novo.
Até o próximo "Cena".
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