Quem já não ouviu falar da crise dos trinta? Ou dos quarenta? Sessenta... Mas, de fato, não importa a idade...
Até porque o personagem não tem idade. Às vezes, é uma criança, tola. Acredita na bondade do Papai Noel que distribui “presentes”. Às vezes, é cruel como a escolha que não foi feita, renegada para o passado não existente.
E dizem que, em chinês, a palavra para crise é a mesma palavra para oportunidade. Não, não sei chinês. E, até agora, creio que o personagem também não...
Mas são as crises que trazem mudanças. E é por meio de mudanças que podemos melhorar... Talvez o meu personagem, como eu, seja meio instável. Mas, afinal de contas, quem pode mudar o tempo todo??? Tem de existir uma momentânea estabilidade.
Meu personagem quer Ser. Mas Ser é tão difícil. Tantas coisas podem Ser. Tantos sentidos existem... E só uma vida. Só um personagem...
Este discurso está parecendo muito pronto? Se estiver, desculpem o personagem. É exatamente a crítica que o move. A percepção. Que muitas vezes pode ser múltipla e aí vem o devaneio. Ou o abismo de situações.
É claro que, depois do grito, veio aquela calmaria. Quase como um deserto. Tem de existir o momento anterior e posterior mediante uma explosão. Reconstrução, talvez... Preparação, talvez... Ou se perder de vez... Até rimou, mas não foi com o coração...
Não estou muito propensa a apresentar este personagem de forma linear, não há muito para compreender... Vamos lá, de qualquer maneira...