22.8.12

Menino no Rio...

Não gosto de ver você triste.
Você é o sorriso colado no rosto
Gargalhada alta e conversa sem limite
Rosto sem  apreensão

Esses olhinhos tão cheios de luz
Viva alma, como sonhos
Na vastidão de experimentar
Viver, prazer, conhecer

Amanhã que chega sorrateiro
Arrastando sôfrega novidade
E que não leve de você a felicidade

Futuro incerto, não dói
É sempre assim, não estremeça
Agora se constrói

Não posso tirar essa angústia
Posso dividir amor e dor
Não devo mentir, tampouco esconder
Que a morte é sempre certeza, Babe

Esses olhinhos, como chama
De uma alegria tão insana
Não morre na novidade sacana
Então nada de desistência profana

Queria um abraço tão forte
Tão denso, tão cheio de emoção
 Gestos que cheguem ao coração

O hoje é um presente
Faça valer essa iluminação
Tudo será apenas adaptação!

*O sol do Rio vai como lembrança do que você ainda vai muito reviver. Estamos aqui, meu amigo, amamos você!

9.8.12

Self Knowledge

Olhar de convite ao seu mundo
Tenta adivinhar meu pensamento
Quer agradar, como se sua existência
Não fosse só contemplação e vivência

Não sabe o poder que tem (...)

Olha ao redor e está tudo aí dentro
Angústia de viver
Não reconhece a própria autossuficiência
(ok, ninguém é infeliz por viver o novo, que assim seja)

Olhar de convite ao seu mundo
E eu já embarquei
Pego carona ao seu encontro inesperado
Inusitado. Inflamado. Descontinuado

Você gosta de mim assim
Livre. Exagerado. Desligado
E, como o personagem já ouviu,
Meio sem juízo nas horas vagas

Quer agradar mas o prazer é mútuo
Quer ler meus pensamentos
Mas a aceitação está nos meus olhos
No meu sorriso. No meu corpo estirado.

Não sabe o poder que tem (...)

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Rótulo é ilusão de pertencimento.

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Se visse o que eu vejo sobre você, acho que a visão seria mais fidedigna e artística!
De que valem as asas se não for para voar???


*Foto em Moreton Island, Australia (Daniele Sorris)

2.8.12

Da série (des) encontros

Parado à esquina. Sorriso sem graça. Vai entrando no carro. Telefone ao pé do ouvido e o olhar de reconhecimento. São só palavras soltas, olhares rápidos entrecruzados, toques frêmitos, tímidos, quase instantâneos.

Cabelos jogados no rosto e aqueles olhos azuis, cujas cores encantam, de forma intermitente, com aquele, aquele olhar...

Não sei o que dizer. Mais uma vez sóbria. Vem a memória, mas as pessoas não são mais as mesmas. Nem o personagem principal, ainda que variado...

É presença. Frente a frente. Olho no olho. Mas o sorriso sai mais espontâneo, perdido no além da estrada. Erra o caminho, entretanto. A rua de todos os dias some no frenesi do momento dividido.

Casa, casa, casa. Repousar o corpo. Peles sorrateiras. O beijo esperado. É doce, é quente, é molhado.

Corpo estirado na pressa da novidade. Do outro sonhado. Na violência das paixões momentâneas. No prazer da descoberta. O personagem nem existe. É parte da fantasia de outro alguém. E se deixa levar ao prazer. De novo, de novo e de novo.

E logo acordam para realidade. Que um é maré e o outro é tempestade....