25.7.06

Seja como for...

Estava aqui pensando... que personagem pode ser tão feliz.... Amigos tão verdadeiros. Que amam como você é, meio torto, meio indefinido, meio na dúvida quanto aos mil destinos que a vida seduz... Ah, esse é para ser daqueles textos declarações de amor. Desses raros momentos de contemplação de seres. De pessoas. Que não me canso de enaltecer...

Um dia na vida, um tolo personagem chorou o amor que não declarou, que não deixou escorrer, que, temia, fosse desconhecido. Esse mesmo tolo personagem pensa em cada um que ainda conheceu e que já cruzou de novo sua “tola” existência desde então. Ah, esses seres, tão errôneos, tão instáveis, sentimentais, cruéis, egoístas, com cada defeito que só o amor sabe amar. Defeitos em espelho ou defeitos que só um amor verdadeiro sabe sobrepujar.

Esses amigos que lembram deste personagem farrista, marcando e desmarcando repetidas e inéditas esbórnias. Este meu personagem que não se cansa de dizer e amar e lembra de cada sorriso, cada abraço, cada palavra gentil naqueles idiotas momentos de beco. De tristeza. De buraco sem fim. Ou de alegria desmedida.

Este personagem, eterno saudosista de viagens. Viagens. Viagens que permitem o convívio. O estreitamento de laços. O testar de problemas e consciências de paz. De grupo.

Quando um geminiano diz eu te amo. Quando um leonino respeita alguém. Quando um ariano ouve. Quando um libriano decide. Quando um escorpião abre as portas e manda embora. Quando um sagitário libera para a pretensa liberdade. Quando um capricorniano manda viver o inusitado. Quando o canceriano esquece a família e lembra do indivíduo. Quando todos os amigos agem no que acham que é o que vai te fazer feliz... Quando simplesmente um não faz diferença. Mas dois. TrÊs. Uma consciência de momento. De grupo. De sentimento.

Que personagem seria louco de largar? Porém, meus caros, isso não se larga. Descobre ele, eu, o personagem, que amor não deixa de existir, mesmo quando não se diz, mesmo quando se propaga. Ele paira no ar. Como vertigem na montanha, como lembrança, ainda que numa memória misturada, distorcida, requebrada entre individualidade e existência no mundo. Para ser livre é preciso ser tão preso...

Paradoxo de viver que sou eu. E cada pedacinho de mim que representa vocês. Que vai comigo, sempre. Conosco. Com cada personagem que carregamos. Em nós e nos milhares de outros que carregamos. Seja como for....

E que seja como for...

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