11.1.05

Personagem inexistente...

Por vezes a gente quer uma palavra. Um gesto. Que escapa da existência. Algo que possa retroceder o tempo e evitar um acidente. Um sofrimento de tantas pessoas. Coisas que não deviam acontecer... Nessas horas, dá mesmo vontade de perguntar a este Deus...

A ‘vida’ pode assim escapar a qualquer momento, afinal, certeza é a morte. E a certeza se esconde sob esta obviedade, alienando nossas mentes no que diz respeito a nossa fragilidade.

A fugacidade de instantes consecutivos. Por vezes, sem nenhum elo além do acaso. Da fatalidade. Tantos “ade” e nenhuma lógica. Por quê??? Adê, adê, adê, vida!!!

Um pedir pela vida. Que sei; por vezes, escapa-se da morte. E aí o momento fica mais incerto, mais eterno. Ganha mais valor... Mas tem de se aprender a conviver com as malditas seqüelas. Mentais ou físicas. Às vezes as duas... Necessário acreditar nisso...

Tristeza é palavra de um personagem inexistente. Que não pode mudar o passado, nem diminuir as conseqüências dele e a tristeza de quem ama. Então? Sofre junto. E calado...

Um comentário:

Anônimo disse...

Lindo, querida...no mais, me identifico tanto que nem posso comentar.