20.8.10

Canção do desperdício

"Rosa de amor em filigrana de ouro
na poeira das gavetas onde sopra
tua voz talvez, quando me chamas.

Rosa de uma raiz que não ousamos,
mais real que as aparências deste mundo
onde sofremos viver separados.

Não vale o peso do metal, nem a feitura:
vale a sensualidade destas almas loucas,
vale a vida que passou, soberba,
e não nos lança um olhar sequer".

Lya Luft

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