Vocé é como uma cena de um flme. E eu ensaio todos os diálogos... Eu me sinto parada no tempo, na similaridade com o passado; porém, congelada.
Não sou a menina irresponsável e não carrego a inconsequência dos vinte e poucos anos. Em raras exceções, hoje, peso o depois de algumas atitutes e fico com minha característica espontaneidade entalada na garganta... Você é minha exceção de controle. De não "que se dane"... E, confesso, isso não tem terminado bem...
Quero ser indiferente como você. Inconstante, já sou.... Quero não me importar. Quero não virar o rosto ao ouvir sua voz ou seguir o contorno de seu corpo, à espreita... Quero não prestar atenção a qualquer resquício de sua existência. Não ficar feliz ao ouvir o som da sua risada, nem me abalar com minha transparência, não literalmente e literalmente, mediante sua presença dúbia.
Como uma sombra que não acompanha. Como um eco diferente, sem sentido. Naquela eterna ausência infinita...
Não que eu não queira, só não posso estar assim perto de você dessa forma... o não dito, eu bem sei,queima....
3.12.10
19.10.10
O País que eu vivo
Se eu parar para pensar, eu ainda me lembro de minhas primeiras viagens internacionais (cheia de dívidas para tal...), quando eu me apresentava como brasileira: carnaval, Amazônia, Xuxa, futebol, entre outros assuntos da mesma linha, eram os principais motes. Hoje, ouço, com orgulho, meus amigos estrangeiros pedirem dicas sobre o Brasil, porque querem investir aqui. O Brasil foi o último país a entrar na crise financeira internacional e o primeiro a sair; mais importante ainda, sem arrochar a população com diminuição de salários, congelamento de preços e outras tradicionais medidas do antigo país. Do país do futuro que dizíamos ser, será que chegamos ao bom futuro? Eu não me engano, há muito o que fazer.
Mas digo, feliz, que, no País em que eu vivo, nos últimos oito anos, o orçamento do MEC duplicou, permitindo, até mesmo, um Plano Nacional de Educação. Educação que, aliás, é considerada a linha prioritária do Governo para sobrepujar as questões de desigualdade (o que vai muito além de assistencialismo). Os dados da presidência da República indicam a construção de 214 escolas técnicas profissionalizantes (mais do que nos 100 anos anteriores). E, até o final de 2010, 380 institutos de educação profissional em funcionamento no meu País.
Dados corroborados por pesquisa realizada no Centro de Políticas Sociais da FGV, que mostra, de 2004 a 2007, um salto de cerca de 75% no estoque de pessoas que já fizeram cursos de educação profissional em qualquer nível. Além disso, essa pesquisa indica o curso técnico como um ganho salarial de 14%, comparado aos outros que possuem apenas o Ensino Médio.
Criado em 2003, o programa Brasil Alfabetizado já beneficiou mais de onze milhões de jovens e adultos em todo o País, até 2008, em ações desenvolvidas em parceria com os Municípios com maior taxa de analfabetismo, para universalizar a alfabetização de brasileiros com mais de quinze anos.
Mas é óbvio que isso não é suficiente. Então, deixa eu citar os dados de pesquisa do Ipea, segundo a qual, de 2004 a 2009, a proporção de pobres brasileiros caiu de 39,4% para 23,9%, e a proporção de miseráveis foi reduzida à metade, de 17,5% para 8,4%, de acordo com as linhas de pobreza e indigência utilizadas pela pesquisa.
Outro excelente tema para mostrar é a criação de empregos. Nos últimos anos, foram mais de 14 milhões de novos empregos COM CARTEIRA ASSINADA. Isso mesmo, 14 milhões. Sem partidarismos, apenas para registro da (bem-vinda) evolução, no Governo anterior, com dados do MTE, tinham sido 780 mil empregos.
E o pré-sal gente? Que orgulho da Petrobras! E, bem recentemente, com a capitalização da Petro, esta passou a ser a quarta maior empresa do mundo, de acordo com os dados do ranking FT Global 500, do Jornal Financial Times. Sem contar que o Governo aumentou a participação na estatal para mais ou menos 48%, nas estimativas posteriores à oferta de ações da Petrobras.
Tudo bem. Eu acredito que haja muitas pessoas descrentes em dados, em pesquisas, então, eu me pergunto se elas não olham ao redor... Eu adoro viajar. Então, de início de conversa, já posso atestar a facilidade de viajar atualmente com um câmbio favorável à fortalecida moeda brasileira.
E não só viagens, é possível ver brasileiros com maior poder aquisitivo! Nunca se gastou tanto com bens de consumo durável, como televisões e computadores, além da própria queda dos preços. Outro dia, em uma mudança de um amigo, achamos uma revista de uns dez anos atrás com um anúncio de uma televisão dessas, na moda atualmente, de muitas polegadas, pelo preço de uns 50 mil reais, acreditem....
Eu gosto de viajar, gosto de ouvir histórias, gosto de ouvir as pessoas. E tive o prazer de escutar pessoas pelo Brasil que puderam estudar graças ao Pro-Uni, que puderam reformar a casa, até mesmo mandar o filho para um curso de idiomas no exterior nos últimos anos. Pessoas que, antigamente, batalhavam para ter o que comer. Tem matérias sobre isso em vários jornais, personagens reais, divulgadas até mesmo no exterior.
Outra questão de crucial importância, finalmente, é o meio ambiente. Com muito atraso, o mundo está começando a se dar conta de que vive na Natureza e precisa preservá-la; mais do que isso, o mundo precisa respeitá-la, porque a Terra não existe de forma isolada, com as fronteiras que nos impomos, por meio de países...
Com suas belezas naturais, o Brasil tem que dar o exemplo. Por isso, fico extasiada ao ouvir que, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente, as previsões indicam que o desmatamento na Amazônia, no último período – 2009/2010 –, será o menor desde 1977, superando o resultado recorde de 2008/2009. Sem contar o envolvimento do País com a economia verde, o desenvolvimento sustentável etc.
É pouco. Tudo isso é muito pouco. Porque esse País, cheio de pessoas, conhecidas internacionalmente por sua bondade e excelente humor, tem força de trabalho, massa crítica, em uma Natureza invejável mundialmente. Litorais gigantescos. Sabe Deus que potencial de biodiversidade ainda escondido na Amazônia...
O meu Brasil tem um monte de pesquisadores maravilhosos, que estão sempre fazendo descobertas importantes para a Ciência, Tecnologia e Saúde, graças ao investimento feito na área, à criação de redes de estudo, baseadas no pensamento de trabalho em parceria, conhecimento compartilhado... Um bom exemplo é o trabalho na área de doenças negligenciadas, que, como o próprio nome diz, recebem investimento reduzido na maior parte dos países desenvolvidos ou por parte da indústria porque acometem populações pobres e marginalizadas.
Com a aprovação da Lei de Inovação e incentivos fiscais para as empresas interessadas em aplicar em pesquisa e desenvolvimento, o investimento público e privado aumentou de forma expressiva. Sem contar que esses investimentos não foram polarizados no já renomado eixo de pesquisa sul-sudeste; houve programas específicos regionais para diminuir as desigualdades. Característica, aliás, que não foi privilégio da área tecnológica e científica nos últimos anos.
Meu sonho é que, cada vez mais, a sociedade se manifeste, para que se possa promover o diálogo civil e social e discutir questões cruciais como aborto fora do âmbito eleitoral e dentro de uma perspectiva participativa, com as informações necessárias para qualquer discussão – no caso, a óbvia questão de Saúde pública, aliada a questões ético-religiosas e sociais – e devido apoio governamental.
Eu poderia escrever por horas sobre as coisas já feitas, sobre o muito que já se conquistou. Entretanto, também posso escrever sobre tantas coisas que ainda precisamos incrementar, ou fazer. Por isso, mais do que qualquer questão partidária, o que me preocupa é a continuidade. Acredito na velha máxima de que não se mexe em time que está ganhando...
E, ao dizer isso, digo a preocupação com políticas sociais, de reajuste real elevado do salário mínimo,de ampliação de infraestrutura - está aí o PAC -, de diminuição da dependência internacional, para fortalecer um País, sem dúvida, “abençoado por Deus e bonito por Natureza”, que já teve muitos avanços e merece a oportunidade de seguir esse caminho. Raul dizia que sonho que se sonha junto é realidade e é óbvio que esse sonho de um Brasil cada vez melhor precisa da participação e mobilização do povo, caso contrário, é um sonho vazio em sua essência.
Mas digo, feliz, que, no País em que eu vivo, nos últimos oito anos, o orçamento do MEC duplicou, permitindo, até mesmo, um Plano Nacional de Educação. Educação que, aliás, é considerada a linha prioritária do Governo para sobrepujar as questões de desigualdade (o que vai muito além de assistencialismo). Os dados da presidência da República indicam a construção de 214 escolas técnicas profissionalizantes (mais do que nos 100 anos anteriores). E, até o final de 2010, 380 institutos de educação profissional em funcionamento no meu País.
Dados corroborados por pesquisa realizada no Centro de Políticas Sociais da FGV, que mostra, de 2004 a 2007, um salto de cerca de 75% no estoque de pessoas que já fizeram cursos de educação profissional em qualquer nível. Além disso, essa pesquisa indica o curso técnico como um ganho salarial de 14%, comparado aos outros que possuem apenas o Ensino Médio.
Criado em 2003, o programa Brasil Alfabetizado já beneficiou mais de onze milhões de jovens e adultos em todo o País, até 2008, em ações desenvolvidas em parceria com os Municípios com maior taxa de analfabetismo, para universalizar a alfabetização de brasileiros com mais de quinze anos.
Mas é óbvio que isso não é suficiente. Então, deixa eu citar os dados de pesquisa do Ipea, segundo a qual, de 2004 a 2009, a proporção de pobres brasileiros caiu de 39,4% para 23,9%, e a proporção de miseráveis foi reduzida à metade, de 17,5% para 8,4%, de acordo com as linhas de pobreza e indigência utilizadas pela pesquisa.
Outro excelente tema para mostrar é a criação de empregos. Nos últimos anos, foram mais de 14 milhões de novos empregos COM CARTEIRA ASSINADA. Isso mesmo, 14 milhões. Sem partidarismos, apenas para registro da (bem-vinda) evolução, no Governo anterior, com dados do MTE, tinham sido 780 mil empregos.
E o pré-sal gente? Que orgulho da Petrobras! E, bem recentemente, com a capitalização da Petro, esta passou a ser a quarta maior empresa do mundo, de acordo com os dados do ranking FT Global 500, do Jornal Financial Times. Sem contar que o Governo aumentou a participação na estatal para mais ou menos 48%, nas estimativas posteriores à oferta de ações da Petrobras.
Tudo bem. Eu acredito que haja muitas pessoas descrentes em dados, em pesquisas, então, eu me pergunto se elas não olham ao redor... Eu adoro viajar. Então, de início de conversa, já posso atestar a facilidade de viajar atualmente com um câmbio favorável à fortalecida moeda brasileira.
E não só viagens, é possível ver brasileiros com maior poder aquisitivo! Nunca se gastou tanto com bens de consumo durável, como televisões e computadores, além da própria queda dos preços. Outro dia, em uma mudança de um amigo, achamos uma revista de uns dez anos atrás com um anúncio de uma televisão dessas, na moda atualmente, de muitas polegadas, pelo preço de uns 50 mil reais, acreditem....
Eu gosto de viajar, gosto de ouvir histórias, gosto de ouvir as pessoas. E tive o prazer de escutar pessoas pelo Brasil que puderam estudar graças ao Pro-Uni, que puderam reformar a casa, até mesmo mandar o filho para um curso de idiomas no exterior nos últimos anos. Pessoas que, antigamente, batalhavam para ter o que comer. Tem matérias sobre isso em vários jornais, personagens reais, divulgadas até mesmo no exterior.
Outra questão de crucial importância, finalmente, é o meio ambiente. Com muito atraso, o mundo está começando a se dar conta de que vive na Natureza e precisa preservá-la; mais do que isso, o mundo precisa respeitá-la, porque a Terra não existe de forma isolada, com as fronteiras que nos impomos, por meio de países...
Com suas belezas naturais, o Brasil tem que dar o exemplo. Por isso, fico extasiada ao ouvir que, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente, as previsões indicam que o desmatamento na Amazônia, no último período – 2009/2010 –, será o menor desde 1977, superando o resultado recorde de 2008/2009. Sem contar o envolvimento do País com a economia verde, o desenvolvimento sustentável etc.
É pouco. Tudo isso é muito pouco. Porque esse País, cheio de pessoas, conhecidas internacionalmente por sua bondade e excelente humor, tem força de trabalho, massa crítica, em uma Natureza invejável mundialmente. Litorais gigantescos. Sabe Deus que potencial de biodiversidade ainda escondido na Amazônia...
O meu Brasil tem um monte de pesquisadores maravilhosos, que estão sempre fazendo descobertas importantes para a Ciência, Tecnologia e Saúde, graças ao investimento feito na área, à criação de redes de estudo, baseadas no pensamento de trabalho em parceria, conhecimento compartilhado... Um bom exemplo é o trabalho na área de doenças negligenciadas, que, como o próprio nome diz, recebem investimento reduzido na maior parte dos países desenvolvidos ou por parte da indústria porque acometem populações pobres e marginalizadas.
Com a aprovação da Lei de Inovação e incentivos fiscais para as empresas interessadas em aplicar em pesquisa e desenvolvimento, o investimento público e privado aumentou de forma expressiva. Sem contar que esses investimentos não foram polarizados no já renomado eixo de pesquisa sul-sudeste; houve programas específicos regionais para diminuir as desigualdades. Característica, aliás, que não foi privilégio da área tecnológica e científica nos últimos anos.
Meu sonho é que, cada vez mais, a sociedade se manifeste, para que se possa promover o diálogo civil e social e discutir questões cruciais como aborto fora do âmbito eleitoral e dentro de uma perspectiva participativa, com as informações necessárias para qualquer discussão – no caso, a óbvia questão de Saúde pública, aliada a questões ético-religiosas e sociais – e devido apoio governamental.
Eu poderia escrever por horas sobre as coisas já feitas, sobre o muito que já se conquistou. Entretanto, também posso escrever sobre tantas coisas que ainda precisamos incrementar, ou fazer. Por isso, mais do que qualquer questão partidária, o que me preocupa é a continuidade. Acredito na velha máxima de que não se mexe em time que está ganhando...
E, ao dizer isso, digo a preocupação com políticas sociais, de reajuste real elevado do salário mínimo,de ampliação de infraestrutura - está aí o PAC -, de diminuição da dependência internacional, para fortalecer um País, sem dúvida, “abençoado por Deus e bonito por Natureza”, que já teve muitos avanços e merece a oportunidade de seguir esse caminho. Raul dizia que sonho que se sonha junto é realidade e é óbvio que esse sonho de um Brasil cada vez melhor precisa da participação e mobilização do povo, caso contrário, é um sonho vazio em sua essência.
22.9.10
Sempre Saramago....
...É deste modo que o destino costuma comportar-se connosco, já está mesmo atrás de nós, já estendeu a mão para tocar-nos no ombro, e nós ainda vamos a murmurar, Acabou-se, não há mais que ver, é tudo igual...
...Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar...
...Se não sais de ti, não chegas a saber quem és...
José Saramago
...Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar...
...Se não sais de ti, não chegas a saber quem és...
José Saramago
29.8.10
Alors...
Mudei de ideia e quero falar sobre a esperança de ver o novo no mesmo lugar. Sobre a possibilidade de mudar uma história e guardar uma lembrança mais amena. Sobre todos os outros lados que existem, mas, por vezes, não vemos, viciados no mesmo bom ou no mesmo ruim.
Eu quero falar sobre o sol sumindo no céu, sob uma luz em diferentes tons, fazendo sobressair frondosa árvore, logo ali, em frente à varanda de um novo lar.
Quero rir das histórias de um passado recente e ficar feliz, ao ouvir que parece que o personagem nunca se foi, sempre esteve por ali. Cheio de memórias e gargalhadas.
Quero fazer planos e encarar os novos desafios com aquela ansiedade que move alguns personagens como eu.
Quero continuar bailando na minha indecisão, tendo a felicidade como companheira em minha distração.
Eu quero usar a energia em projetos produtivos; aprender, aprender, aprender. A necessidade volta em carga total.
A saudade fica debaixo do braço, como parte do corpo. Aí, o personagem puxa da memória o céu, lindo, como sempre. A música na praça. As mãozinhas de bebê e a inocência. A cerveja gelada no pé sujo, impregnada de amistosos papos inesquecíveis. E todas as metáforas de felicidade congeladas no passado, no futuro por vir e no presente a ser redescoberto.
Alors...
Eu quero falar sobre o sol sumindo no céu, sob uma luz em diferentes tons, fazendo sobressair frondosa árvore, logo ali, em frente à varanda de um novo lar.
Quero rir das histórias de um passado recente e ficar feliz, ao ouvir que parece que o personagem nunca se foi, sempre esteve por ali. Cheio de memórias e gargalhadas.
Quero fazer planos e encarar os novos desafios com aquela ansiedade que move alguns personagens como eu.
Quero continuar bailando na minha indecisão, tendo a felicidade como companheira em minha distração.
Eu quero usar a energia em projetos produtivos; aprender, aprender, aprender. A necessidade volta em carga total.
A saudade fica debaixo do braço, como parte do corpo. Aí, o personagem puxa da memória o céu, lindo, como sempre. A música na praça. As mãozinhas de bebê e a inocência. A cerveja gelada no pé sujo, impregnada de amistosos papos inesquecíveis. E todas as metáforas de felicidade congeladas no passado, no futuro por vir e no presente a ser redescoberto.
Alors...
20.8.10
Canção do desperdício
"Rosa de amor em filigrana de ouro
na poeira das gavetas onde sopra
tua voz talvez, quando me chamas.
Rosa de uma raiz que não ousamos,
mais real que as aparências deste mundo
onde sofremos viver separados.
Não vale o peso do metal, nem a feitura:
vale a sensualidade destas almas loucas,
vale a vida que passou, soberba,
e não nos lança um olhar sequer".
Lya Luft
na poeira das gavetas onde sopra
tua voz talvez, quando me chamas.
Rosa de uma raiz que não ousamos,
mais real que as aparências deste mundo
onde sofremos viver separados.
Não vale o peso do metal, nem a feitura:
vale a sensualidade destas almas loucas,
vale a vida que passou, soberba,
e não nos lança um olhar sequer".
Lya Luft
5.8.10
De novo, o amor....
"Como o amor muda? A resposta é como nós mudamos por amor. Continuamente. Interminavelmente".
Do filme The Dive From Clausen's Pier, não tão bom assim, mas com reflexões interessantes.....
Do filme The Dive From Clausen's Pier, não tão bom assim, mas com reflexões interessantes.....
2.8.10
O Leitor
Vocês já viram esse filme? Acho o filme um espetáculo e, francamente, gostaria de ver novamente após visitar a Alemanha. Acho engraçado que tenho amigos que sempre lembram os nomes dos atores, dos diretores, sabem a nacionalidade e outros filmes que eles fizeram. Eu, se gosto, conheço o diretor. Mas eu sempre lembro de cenas, inteiras ou pedaços, que ficam perdidas na memória, guardadas sabe lá por que nó do cérebro.
Eu lembro particularmente de uma cena desse filme. O personagem principal, vivido brilhantemente pelo famoso ator Ralph Fiennes, conversa com uma outra personagem que comenta algo do tipo: "Será que essa mulher sabe o que fez com a sua vida?". Se vocês pararem para pensar, vão encontrar pessoas assim nas suas vidas. Que mudaram seu destino, sua rota. Que fizeram vocês descobrirem novos ideais. Ou perderem os que tinham. E que mudaram, para sempre, partes de vocês. Memórias marcadas por sorrisos e lágrimas. Pessoas assim são tatuagens vivas. Sempre capazes de marcar, machucando ou embelezando, até mesmo na ausência...
Eu lembro particularmente de uma cena desse filme. O personagem principal, vivido brilhantemente pelo famoso ator Ralph Fiennes, conversa com uma outra personagem que comenta algo do tipo: "Será que essa mulher sabe o que fez com a sua vida?". Se vocês pararem para pensar, vão encontrar pessoas assim nas suas vidas. Que mudaram seu destino, sua rota. Que fizeram vocês descobrirem novos ideais. Ou perderem os que tinham. E que mudaram, para sempre, partes de vocês. Memórias marcadas por sorrisos e lágrimas. Pessoas assim são tatuagens vivas. Sempre capazes de marcar, machucando ou embelezando, até mesmo na ausência...
1.8.10
No aniversário, uma paródia....
Por Você
Eu dancei escondida em Sampa
Eu limpei
Os trilhos desconexos da memória
Eu fui de carro
Do Rio a Paraty
Eu aceitei
A vida como ela é
Viajei a prazo
Pro inferno
Eu tomei banho gelado
Longe de você
Por Você!
Eu deixei de beber
Ou bebi caipirinha
Por Você!
Eu viajei para o outro lado do mundo
Eu trabalhei na cidade sem alma
Prá virar burguês...
Eu mudei
Até o meu nome
Eu vivi
Em greve de amor
Desejando sempre todos os dias
A mesma pessoa....
Quando o passado bate à porta, cheio de fotografias, poemas e cartas, é fácil entender como alguém muda completamente a vida de outro alguém. Ao mesmo tempo que dá forças para continuar e realizar muitos sonhos, também faz sonhar com coisas antes impensadas, e que nunca mais fazem sentido sem o outro alguém. O que é pior? Perder o que nunca se teve mas que, portanto, não se sabe, ou perder aquilo que só se rascunhou como uma perfeita imperfeição? É possível entender e, ao mesmo tempo, não perdoar a ausência de alguém, até mesmo em uma amizade.É difícil encarar o passado você, a perda de um lado sério em outro alguém, um lado responsável, um lado respeitoso, um lado desperto para o amor. Está aí a confusão.
"Não penso em tudo que já fiz
E não esqueço de quem um dia amei
Desprezo os dias cinzentos
Eu aproveito pra sonhar enquanto é tempo"...
Eu dancei escondida em Sampa
Eu limpei
Os trilhos desconexos da memória
Eu fui de carro
Do Rio a Paraty
Eu aceitei
A vida como ela é
Viajei a prazo
Pro inferno
Eu tomei banho gelado
Longe de você
Por Você!
Eu deixei de beber
Ou bebi caipirinha
Por Você!
Eu viajei para o outro lado do mundo
Eu trabalhei na cidade sem alma
Prá virar burguês...
Eu mudei
Até o meu nome
Eu vivi
Em greve de amor
Desejando sempre todos os dias
A mesma pessoa....
Quando o passado bate à porta, cheio de fotografias, poemas e cartas, é fácil entender como alguém muda completamente a vida de outro alguém. Ao mesmo tempo que dá forças para continuar e realizar muitos sonhos, também faz sonhar com coisas antes impensadas, e que nunca mais fazem sentido sem o outro alguém. O que é pior? Perder o que nunca se teve mas que, portanto, não se sabe, ou perder aquilo que só se rascunhou como uma perfeita imperfeição? É possível entender e, ao mesmo tempo, não perdoar a ausência de alguém, até mesmo em uma amizade.É difícil encarar o passado você, a perda de um lado sério em outro alguém, um lado responsável, um lado respeitoso, um lado desperto para o amor. Está aí a confusão.
"Não penso em tudo que já fiz
E não esqueço de quem um dia amei
Desprezo os dias cinzentos
Eu aproveito pra sonhar enquanto é tempo"...
5.5.10
A character in Wonderland
Às vezes, a gente se esquece. De quê? Pode ser um esquecimento simples: a chave do carro, a senha do banco, o pagamento da fatura. Agravantes, porém, para qualquer um desses quadros, são os notórios blecautes da alma. O apagar de recordações, a extinção de momentos, a perda de subjetividade.
É a tristeza de não saber mais o porquê de uma cidade ser o porto de alegrias, de não valorizar o refúgio de amigos; ainda pior, de não se reconhecer em nenhuma nuance, nenhuma memória, nenhum resquício de "eu". Não por ódio, não por revolta, não por dor. Apenas uma ausência de vida, um apagar de luzes de (in)consciência.
Como uma "anestesia amnésica", uma perda gradual de identidade, no turbilhão de mudanças, amores e vampiros sociais. É como esquecer de lembrar. De ser, somente ser. De viver, sendo. Sendo somente assim a vida: esse esquecimento, no coletivo, é o cotidiano.
A pílula mágica para o sonho é a natureza. Até mesmo o que há dentro de nós, que nos move para apreciação de cada segundo. Daqueles mais simples, nos quais seu amigo te puxa e dá um abraço. Sua amiga estende o copo, brindando sua existência. Aquele companheiro de colégio virou o pai ou a mãe de uma criança, linda, inocente, sem dente, sem malícia, a sorrir aos seus pés.
É o feitiço da vida que nos arrasta para a magia do agora. Esse mesmo, sim, onde você fala besteira e ri, sem motivos, sem parar. Onde se flagra, dançando, ao som jamais ouvido, de uma cultura tão desconhecida, lembrada no instante único, até então, não existente. Aí, nesse instante tão momentâneo, tão fugaz, tão banal, tão simples, tão simbólico para a memória, está o elo para nossas personalidades, nossas existências, está o resgate da memória anulada na guerra do cotidano. Como um dos meus personagens pensou, aí estão as velhas esquinas, cheias de histórias e pessoas, com os bons e alimentadores resquícios de humanidade. Uma delícia.
Com o que sonha a simplicidade desse personagem? Com o nascer do sol ao lado de amigos. Estar cercado de animais conhecidos. Beber cerveja gelada ouvindo chorinho, de madrugada, sem susto, sem juízo. Cantar parabéns, comer bolo, estourar bola e catar quinquilharias, como crianças, as mais sábias, inocentes e felizes. Fofocar com amigas, em histórias de anos e anos, sendo reescritas em mais um agora. Receber telefonemas, horas cheias de risos e lembranças, planos e esperança, sonhos e até auto-perdões.
Estrangeiro nele, esse personagem, que ainda assim é mais do que local no Porto Seguro desse agora reencontrado, tão único. Abre os armários, deixa ventilar a alma, joga fora o velho e abre espaço à vida. Sem nunca deixar de guardar o que é único, mesmo esquecido no canto da memória-coração-praga do cotidiano.
O personagem canta para o Rio, que é puro êxtase, uma linda "droga" de euforia, de torpor, de loucura, amor e eternidade. Nessa cidade maravilhosa, nunca é tarde e ele é a criança feliz, a Alice que sonha seis coisas impossíveis antes do café....
É a tristeza de não saber mais o porquê de uma cidade ser o porto de alegrias, de não valorizar o refúgio de amigos; ainda pior, de não se reconhecer em nenhuma nuance, nenhuma memória, nenhum resquício de "eu". Não por ódio, não por revolta, não por dor. Apenas uma ausência de vida, um apagar de luzes de (in)consciência.
Como uma "anestesia amnésica", uma perda gradual de identidade, no turbilhão de mudanças, amores e vampiros sociais. É como esquecer de lembrar. De ser, somente ser. De viver, sendo. Sendo somente assim a vida: esse esquecimento, no coletivo, é o cotidiano.
A pílula mágica para o sonho é a natureza. Até mesmo o que há dentro de nós, que nos move para apreciação de cada segundo. Daqueles mais simples, nos quais seu amigo te puxa e dá um abraço. Sua amiga estende o copo, brindando sua existência. Aquele companheiro de colégio virou o pai ou a mãe de uma criança, linda, inocente, sem dente, sem malícia, a sorrir aos seus pés.
É o feitiço da vida que nos arrasta para a magia do agora. Esse mesmo, sim, onde você fala besteira e ri, sem motivos, sem parar. Onde se flagra, dançando, ao som jamais ouvido, de uma cultura tão desconhecida, lembrada no instante único, até então, não existente. Aí, nesse instante tão momentâneo, tão fugaz, tão banal, tão simples, tão simbólico para a memória, está o elo para nossas personalidades, nossas existências, está o resgate da memória anulada na guerra do cotidano. Como um dos meus personagens pensou, aí estão as velhas esquinas, cheias de histórias e pessoas, com os bons e alimentadores resquícios de humanidade. Uma delícia.
Com o que sonha a simplicidade desse personagem? Com o nascer do sol ao lado de amigos. Estar cercado de animais conhecidos. Beber cerveja gelada ouvindo chorinho, de madrugada, sem susto, sem juízo. Cantar parabéns, comer bolo, estourar bola e catar quinquilharias, como crianças, as mais sábias, inocentes e felizes. Fofocar com amigas, em histórias de anos e anos, sendo reescritas em mais um agora. Receber telefonemas, horas cheias de risos e lembranças, planos e esperança, sonhos e até auto-perdões.
Estrangeiro nele, esse personagem, que ainda assim é mais do que local no Porto Seguro desse agora reencontrado, tão único. Abre os armários, deixa ventilar a alma, joga fora o velho e abre espaço à vida. Sem nunca deixar de guardar o que é único, mesmo esquecido no canto da memória-coração-praga do cotidiano.
O personagem canta para o Rio, que é puro êxtase, uma linda "droga" de euforia, de torpor, de loucura, amor e eternidade. Nessa cidade maravilhosa, nunca é tarde e ele é a criança feliz, a Alice que sonha seis coisas impossíveis antes do café....
Passado...
A verdade é que as letras nos procuram... Só dá você no meu coração, tanto que as palavras fogem para dentro de mim...
E realidade cada vez mais parece gritante ao meu redor, chamando para você... Sua ausência é uma provação dos meus sentimentos.
Sinto sua falta. Sua companhia. Seu gosto. Ardem como uma tatuagem recente...
E realidade cada vez mais parece gritante ao meu redor, chamando para você... Sua ausência é uma provação dos meus sentimentos.
Sinto sua falta. Sua companhia. Seu gosto. Ardem como uma tatuagem recente...
19.2.10
Tem coisas na vida que não me canso de dizer...
E nem quero deixar de dizer eu te amo. Nem quando o amor não for correspondido. Nem quando houver sofrimento e discórdia. Nem quero deixar de amar, é tão triste descobrir, por exemplo, que um amigo não é tão amigo assim.
Então não me canso de dizer eu te amo, não me canso de abraçar ao mundo - e vez em quando, quem eu não devia... E não me canso de cantar ao meu Porto Seguro, essa cidade maravilhosa, que me encanta, que me salva e que me acolhe em todas as minhas nuances.
Da foliã transloucada à "menina" em busca dos amigos, queridos e saudosos. Quando me vejo triste, assustada, apaixonada, ou qualquer outro sentimento diferente do natural feliz, eu sou só uma menina. E, no Rio, estou em paz com a maravilha que a vida me traz...
Em tantas canções de amor ao Rio, porque, em fevereiro, tem carnaval, numa cidade ainda mais abençoada que o país. "ALucynate", certa vez, disse que o Rio era encantador com a mistura de montanhas, praias, em um mix urbano, louco, frenético, multicultural. C disse, também, que o "Rio is a hard act to follow". L agradeceu por não ter nascido no Rio, já que todos os amigos cariocas não se viam longe do Rio (nem eu, na verdade, mas é sempre a doce espera do retorno feliz...).
Mas é isso aí... é possível lembrar outros tantos comentários, melhores descritos na imagem de um sol, lindo, brilhante, paralelo a uma nuvem, como uma flechada da Natureza, entre o Morro Dois Irmãos, em um democrático Baixo BB, no Leblon, logo ali perto da "comunidade". Nem que eu explique, mais e mais, essa conjunção de palavras e da Natureza vai ser traduzida naquela bela imagem; seguida de "ufa, estou no Rio de Janeiro".
O mar, vários dias, era uma piscina. Brilhando. Um oásis para sensação térmica de 50º. E, querido A, não adianta, pode fazer um calor de 80º, ainda é o Rio onde acontecem coisas únicas. Multidões sedentas - literalmente - ajudando ao atarefado ambulante, para poder beber mais rápido. Ou então, guerra para comprar sacolé de caipirinha... E, no meio, a gente tendo visões de que os carros da polícia eram vendedores da cerveja azulzinha...
No Rio, tem bloco de protesto contra a "institucionalização" dos blocos. Contra essa repressão velada da espontaneidade. Aliás, Rio sem mijo é melhor, mas não custa aliviar os foliões bebuns ou fornecer banheiros em mais número. Afinal, se é para passar a noite na fila do banheiro, muita gente - não fossem os cariocas o assunto... - nem sairia de casa.
Fantasias de todo o tipo. Protesto. Galinhagem. Filmes, livros. Atores. Artistas (eu bem queria ter tido a ideia de sair de Frida, ai, ai; ano que vem, nada original, talvez me anime mesmo assim). De táxi ocupado (?) ou livre (?), a cargo da imaginação carnavalesca de vocês...
O Rio é a galera cantando no ônibus. Gente oferecendo água no engarrafamento. É o biscoito Globo da praia. Gente se prontificando a pintar o rosto de desconhecidos. É o ambulante, parando de trabalhar, para ajudar uma menininha perdida...
Não, não existem palavras. Terça de carnaval. Pouco antes das cinco ( da matina!), é possível encontrar amigos, em festa, como se não houvesse amanhã - esse é o segredo, não? - em plena Lapa. Uma Lapa, borbulhando, em ritmo de celebração. Mesma Lapa onde, no meio da multidão, encontrei um amigo inglês da Amazônia e um ex-namorado...
De novo, Praça XV, telefone sem bateria, onde estão meus amigos? Esbarro neles, os mesmos que estava procurando. E digo esbarrar literalmente, de virar para pedir desculpas...esse é o Rio. É o lugar do encontro. A mim mesma, inclusive; e quem conhece essa criatura aqui sabe que isso é uma confusão de personagens, felizes, mas loucos...
Então não me canso de dizer eu te amo, não me canso de abraçar ao mundo - e vez em quando, quem eu não devia... E não me canso de cantar ao meu Porto Seguro, essa cidade maravilhosa, que me encanta, que me salva e que me acolhe em todas as minhas nuances.
Da foliã transloucada à "menina" em busca dos amigos, queridos e saudosos. Quando me vejo triste, assustada, apaixonada, ou qualquer outro sentimento diferente do natural feliz, eu sou só uma menina. E, no Rio, estou em paz com a maravilha que a vida me traz...
Em tantas canções de amor ao Rio, porque, em fevereiro, tem carnaval, numa cidade ainda mais abençoada que o país. "ALucynate", certa vez, disse que o Rio era encantador com a mistura de montanhas, praias, em um mix urbano, louco, frenético, multicultural. C disse, também, que o "Rio is a hard act to follow". L agradeceu por não ter nascido no Rio, já que todos os amigos cariocas não se viam longe do Rio (nem eu, na verdade, mas é sempre a doce espera do retorno feliz...).
Mas é isso aí... é possível lembrar outros tantos comentários, melhores descritos na imagem de um sol, lindo, brilhante, paralelo a uma nuvem, como uma flechada da Natureza, entre o Morro Dois Irmãos, em um democrático Baixo BB, no Leblon, logo ali perto da "comunidade". Nem que eu explique, mais e mais, essa conjunção de palavras e da Natureza vai ser traduzida naquela bela imagem; seguida de "ufa, estou no Rio de Janeiro".
O mar, vários dias, era uma piscina. Brilhando. Um oásis para sensação térmica de 50º. E, querido A, não adianta, pode fazer um calor de 80º, ainda é o Rio onde acontecem coisas únicas. Multidões sedentas - literalmente - ajudando ao atarefado ambulante, para poder beber mais rápido. Ou então, guerra para comprar sacolé de caipirinha... E, no meio, a gente tendo visões de que os carros da polícia eram vendedores da cerveja azulzinha...
No Rio, tem bloco de protesto contra a "institucionalização" dos blocos. Contra essa repressão velada da espontaneidade. Aliás, Rio sem mijo é melhor, mas não custa aliviar os foliões bebuns ou fornecer banheiros em mais número. Afinal, se é para passar a noite na fila do banheiro, muita gente - não fossem os cariocas o assunto... - nem sairia de casa.
Fantasias de todo o tipo. Protesto. Galinhagem. Filmes, livros. Atores. Artistas (eu bem queria ter tido a ideia de sair de Frida, ai, ai; ano que vem, nada original, talvez me anime mesmo assim). De táxi ocupado (?) ou livre (?), a cargo da imaginação carnavalesca de vocês...
O Rio é a galera cantando no ônibus. Gente oferecendo água no engarrafamento. É o biscoito Globo da praia. Gente se prontificando a pintar o rosto de desconhecidos. É o ambulante, parando de trabalhar, para ajudar uma menininha perdida...
Não, não existem palavras. Terça de carnaval. Pouco antes das cinco ( da matina!), é possível encontrar amigos, em festa, como se não houvesse amanhã - esse é o segredo, não? - em plena Lapa. Uma Lapa, borbulhando, em ritmo de celebração. Mesma Lapa onde, no meio da multidão, encontrei um amigo inglês da Amazônia e um ex-namorado...
De novo, Praça XV, telefone sem bateria, onde estão meus amigos? Esbarro neles, os mesmos que estava procurando. E digo esbarrar literalmente, de virar para pedir desculpas...esse é o Rio. É o lugar do encontro. A mim mesma, inclusive; e quem conhece essa criatura aqui sabe que isso é uma confusão de personagens, felizes, mas loucos...
4.2.10
Queixa
Caetano Veloso
Composição: N.Siqueira / E. Neves
Um amor assim delicado
Você pega e despreza
Não devia ter despertado
Ajoelha e não reza
Dessa coisa que mete medo
Pela sua grandeza
Não sou o único culpado
Disso eu tenho a certeza
Princesa, surpresa, você me arrasou
Serpente, nem sente que me envenenou
Senhora, e agora, me diga onde eu vou
Senhora, serpente, princesa
Um amor assim violento
Quando torna-se mágoa
É o avesso de um sentimento
Oceano sem água
Ondas, desejos de vingança
Nessa desnatureza
Batem forte sem esperança
Contra a tua dureza
Princesa, surpresa, você me arrasou
Serpente, nem sente que me envenenou
Senhora, e agora, me diga onde eu vou
Senhora, serpente, princesa
Um amor assim delicado
Nenhum homem daria
Talvez tenha sido pecado
Apostar na alegria
Você pensa que eu tenho tudo
E vazio me deixa
Mas Deus não quer que eu fique mudo
E eu te grito esta queixa
Princesa, surpresa, você me arrasou
Serpente, nem sente que me envenenou
Senhora, e agora, me diga onde eu vou
Amiga, me diga...
Composição: N.Siqueira / E. Neves
Um amor assim delicado
Você pega e despreza
Não devia ter despertado
Ajoelha e não reza
Dessa coisa que mete medo
Pela sua grandeza
Não sou o único culpado
Disso eu tenho a certeza
Princesa, surpresa, você me arrasou
Serpente, nem sente que me envenenou
Senhora, e agora, me diga onde eu vou
Senhora, serpente, princesa
Um amor assim violento
Quando torna-se mágoa
É o avesso de um sentimento
Oceano sem água
Ondas, desejos de vingança
Nessa desnatureza
Batem forte sem esperança
Contra a tua dureza
Princesa, surpresa, você me arrasou
Serpente, nem sente que me envenenou
Senhora, e agora, me diga onde eu vou
Senhora, serpente, princesa
Um amor assim delicado
Nenhum homem daria
Talvez tenha sido pecado
Apostar na alegria
Você pensa que eu tenho tudo
E vazio me deixa
Mas Deus não quer que eu fique mudo
E eu te grito esta queixa
Princesa, surpresa, você me arrasou
Serpente, nem sente que me envenenou
Senhora, e agora, me diga onde eu vou
Amiga, me diga...
19.1.10
E foi um adeus, também não respondido...
Meu oásis, meu aconchego de memória. Mergulho fundo no paraíso dos seus olhos verdes. É sempre um transe, um convite à loucura, ao carinho, um magnetismo que me faz grudada em você.
Fecho os olhos e quase viajo no tempo de sua voz, ao meu ouvido, seu corpo tão junto, tão tão... Suspiro e é só calmaria de torpor, agitação de desejo, de saudade...
Sonho com seus dedos de colorir a percorrer meu corpo em cores de prazer, de intimidade, de pertencimento. Quase sinto, sua pele grudada a minha, no suor de desejo, de paixão, de loucura, de entrega.
Eu fecho os olhos; aperto, com força. Sinto o peso do seu corpo. Sinto a leveza de prazer. Eu sinto um só momento de união, no silêncio, no gozo, no encontro de olhares que conversam, que atravesssam medos, que ignoram qualquer passado. É o presente de alegria e conjunção; mais do que carnal.
São só flashes de espontaneidade. Uma dança de corpos e de loucura. E vinho, copo na mão, um ser largado no conforto de viver um outro alguém. Esparramado na casa coração que é finalmente sua. E é pose de desejo, é risada de um agora tão mágico, tão etílico em embriaguez sentimental.
Abandonado, seu corpo, na minha cama, minha casa, meu coração... na minha vida, fique, e se perca em mim... Comigo. Meu aconchego de memória, tudo em você é prazer, é carinho, é amor.
Fecho os olhos e quase viajo no tempo de sua voz, ao meu ouvido, seu corpo tão junto, tão tão... Suspiro e é só calmaria de torpor, agitação de desejo, de saudade...
Sonho com seus dedos de colorir a percorrer meu corpo em cores de prazer, de intimidade, de pertencimento. Quase sinto, sua pele grudada a minha, no suor de desejo, de paixão, de loucura, de entrega.
Eu fecho os olhos; aperto, com força. Sinto o peso do seu corpo. Sinto a leveza de prazer. Eu sinto um só momento de união, no silêncio, no gozo, no encontro de olhares que conversam, que atravesssam medos, que ignoram qualquer passado. É o presente de alegria e conjunção; mais do que carnal.
São só flashes de espontaneidade. Uma dança de corpos e de loucura. E vinho, copo na mão, um ser largado no conforto de viver um outro alguém. Esparramado na casa coração que é finalmente sua. E é pose de desejo, é risada de um agora tão mágico, tão etílico em embriaguez sentimental.
Abandonado, seu corpo, na minha cama, minha casa, meu coração... na minha vida, fique, e se perca em mim... Comigo. Meu aconchego de memória, tudo em você é prazer, é carinho, é amor.
11.1.10
Que o nosso amor para sempre viva....
Às vezes, a espera por algo é tão longa que os personagens se perdem pelo caminho. Já não sabem o que querem, já não sabem para onde vão, já não reconhecem, no outro, o sonho, as faíscas de paixão. Já não enxergam aquela mágica que faz do erro o acerto. É quando, talvez, o sentimento se torne verdadeiro.
Não há máscaras, não há idealismo, não há o sonho pueril, irreal. Só uma dúvida. Dúvida de gente grande. Se confia, se vale a pena, se o outro, com todos os defeitos, preenche os requisitos básicos de caráter e respeito mútuo. Se o outro te vê além; além dos olhos da relação, vê a pessoa, digna de respeito, como todos nós somos, com todos os outros defeitos.
________________________________________________________________
Gostar, gostar muito de alguém. Gostar da pessoa. Rir junto a ela. Ter, no olhar, no toque, o carinho. Chegar a parecer um cachorro recebendo carinho; porque, como na música do Cazuza, amar é “abanar o rabo”.
Gostar tanto de alguém que o arrepio é constante. No toque, um eterno abandono. São só carinhos; nosso amor, nosso prazer.
Gostar tanto de alguém ao ponto de esquecer o mundo, a velocidade, a agitação. E ficar assim, deitado, juntinho. Muito amor, filme, sempre agarradinho, até dormir nos braços de alguém.
Gostar tanto de alguém e ficar assim, em estado de pasmaceira, vendo alguém dançar, em embriaguez de felicidade. Dá para se ver, congelado, olhinhos brilhando. Seguindo e dançando o olhar junto ao movimento do corpo de uma alma querida.
Gostar tanto de alguém que adivinha o pensamento. Que diz a mesma coisa no segundo posterior ao pensamento do outro e vice-versa. Que a risada vem sem palavras, em uma sintonia inexplicável.
Gostar tanto de alguém que a estranheza e a diferença morrem diante da presença, mesmo diante do que não é dito.
Gostar tanto de alguém que já não se sabe mais quem você mesmo é, ou quer ser, para que isso seja eterno, para prender essa sensação que flutua de felicidade e espontaneidade.
É só olhar para o agora anterior e tentar pescar o sorriso, a gargalhada em uma cumplicidade inimaginável...
"Que o nosso amor pra sempre viva, minha dádiva
Quero poder jurar que essa paixão jamais será... Palavras apenas...
Palavras pequenas...
Palavras"
Não há máscaras, não há idealismo, não há o sonho pueril, irreal. Só uma dúvida. Dúvida de gente grande. Se confia, se vale a pena, se o outro, com todos os defeitos, preenche os requisitos básicos de caráter e respeito mútuo. Se o outro te vê além; além dos olhos da relação, vê a pessoa, digna de respeito, como todos nós somos, com todos os outros defeitos.
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Gostar, gostar muito de alguém. Gostar da pessoa. Rir junto a ela. Ter, no olhar, no toque, o carinho. Chegar a parecer um cachorro recebendo carinho; porque, como na música do Cazuza, amar é “abanar o rabo”.
Gostar tanto de alguém que o arrepio é constante. No toque, um eterno abandono. São só carinhos; nosso amor, nosso prazer.
Gostar tanto de alguém ao ponto de esquecer o mundo, a velocidade, a agitação. E ficar assim, deitado, juntinho. Muito amor, filme, sempre agarradinho, até dormir nos braços de alguém.
Gostar tanto de alguém e ficar assim, em estado de pasmaceira, vendo alguém dançar, em embriaguez de felicidade. Dá para se ver, congelado, olhinhos brilhando. Seguindo e dançando o olhar junto ao movimento do corpo de uma alma querida.
Gostar tanto de alguém que adivinha o pensamento. Que diz a mesma coisa no segundo posterior ao pensamento do outro e vice-versa. Que a risada vem sem palavras, em uma sintonia inexplicável.
Gostar tanto de alguém que a estranheza e a diferença morrem diante da presença, mesmo diante do que não é dito.
Gostar tanto de alguém que já não se sabe mais quem você mesmo é, ou quer ser, para que isso seja eterno, para prender essa sensação que flutua de felicidade e espontaneidade.
É só olhar para o agora anterior e tentar pescar o sorriso, a gargalhada em uma cumplicidade inimaginável...
"Que o nosso amor pra sempre viva, minha dádiva
Quero poder jurar que essa paixão jamais será... Palavras apenas...
Palavras pequenas...
Palavras"
4.1.10
O amor....essa estranha abstração...
(...) farei o possível para não amar demais as pessoas, sobretudo por causa das pessoas. Às vezes o amor que se dá pesa, quase como uma responsabilidade na pessoa que o recebe. Eu tenho essa tendência geral para exagerar, e resolvi tentar não exigir dos outros senão o mínimo. É uma forma de paz...
Clarice Lispector
"A mocidade é o que os italianos chamam de um nome tão bonito: la stamina. A seiva, o fogo, que permite amar e criar. Quando se perde isso, perde-se tudo".
Simone de Beauvoir
Clarice Lispector
"A mocidade é o que os italianos chamam de um nome tão bonito: la stamina. A seiva, o fogo, que permite amar e criar. Quando se perde isso, perde-se tudo".
Simone de Beauvoir
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